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Argentina: Wall Street celebra desmonte cambial, mas alerta para pressão em preços

Wall Street celebra o fim dos controles cambiais na Argentina, apontando para um potencial crescimento econômico sob a administração de Javier Milei. Economistas, no entanto, advertem sobre a inevitabilidade de pressões inflacionárias e a necessidade de reformas estruturais.

Argentina suspende controles cambiais e medidas são celebradas em Wall Street. O objetivo é normalizar a economia após anos de crise.

A decisão, anunciada em 14 de outubro, permite ao governo de Javier Milei atrair investimento estrangeiro e busca promover crescimento. No entanto, pressões inflacionárias no curto prazo são consideradas inevitáveis.

O dólar oficial e o dólar Banco Nación valorizaram cerca de 12%, enquanto o dólar blue caiu mais de 6%. O mercado cambial funcionará entre 1,0 mil e 1,4 mil pesos, com ajustamentos mensais de 1%.

Essa medida faz parte de um acordo de US$ 20 bilhões com o FMI, que inclui um desembolso imediato de US$ 12 bilhões. A próxima revisão em junho pode liberar mais US$ 2 bilhões, se os pré-requisitos forem cumpridos.

A consultoria Capital Economics destacou que o peso pode continuar supervalorizado, necessitando de novas ações para aumentar sua competitividade.

O Morgan Stanley considera as medidas positivas, mas alerta sobre pressões inflacionárias temporárias. Já o BTG Pactual chama o dia de anúncio de "Dia da Libertação" e projeta que a inflação deve ser moderada.

O FMI prevê crescimento de 5,5% para a Argentina em 2025 e inflação entre 18% e 23% em 2023. O apoio dos EUA às reformas de Milei foi reafirmado em reunião com Scott Bessent.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, endossou as ações do governo argentino, afirmando que a Argentina está começando a ver resultados positivos após um ajuste difícil.

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