Argentina terá regime de bandas cambiais: moeda vai flutuar entre mil e 1,4 mil pesos
Mudanças significativas na política cambial da Argentina visam estabilizar a economia e restaurar a confiança dos investidores. A eliminação do "cepo cambial" e a introdução de uma nova banda móvel para a cotação do dólar são os principais destaques do anúncio.
Banco Central da Argentina (BCRA) anunciou mudanças no regime cambial nesta sexta-feira, iniciando a Fase 3 do programa econômico.
As principais mudanças incluem:
- A cotação do dólar no Mercado Livre de Câmbio (MLC) flutuará entre 1 mil e 1,4 pesos.
- Eliminação do esquema de "crawling peg", permitindo maior flutuação da taxa de câmbio.
- Desativação do "dólar blend", que permitia liquidação de exportações em diferentes taxas.
- Fim do “cepo cambial”, eliminando restrições para pessoas físicas.
O BCRA também:
- Autorizou a distribuição de lucros para acionistas estrangeiros a partir de 2025.
- Flexibilizou os prazos para comércio exterior.
- Reforçou o “âncora nominal”, evitando emissão de pesos para financiar o déficit fiscal.
Essas decisões visam consolidar o processo de estabilização, recuperar crédito privado e incentivar investimentos.
O novo acordo com o FMI garante uma linha de facilidades estendidas (EFF) de US$ 20 bilhões, com US$ 15 bilhões disponíveis em 2025.
Além disso, a renovação do swap com o Banco Central da China garante cerca de US$ 5 bilhões, contribuindo para uma melhora significativa nas reservas líquidas internacionais.
O novo regime de bandas cambiais já está em vigor, com intervenção do BCRA nos extremos do corredor.
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