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Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI

O desembolso do FMI marca um avanço nas reservas argentinas, crucial para a reforma cambial e o cumprimento das metas econômicas. O governo de Javier Milei enfrenta o desafio de estabilizar a moeda em meio a uma grave crise econômica.

Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI

A Argentina recebeu na 3ª feira (15.abr.2025) os primeiros US$ 12 bilhões do FMI, representando 60% do total de US$ 20 bilhões aprovados. As reservas brutas saltaram para US$ 36,8 bilhões, o maior nível desde abril de 2023.

O aporte coincide com o 2º dia do novo esquema cambial, que introduziu bandas de flutuação e flexibilizou restrições após 6 anos de controles rígidos. Desde janeiro, o Banco Central perdeu US$ 8 bilhões em reservas brutas.

As reservas líquidas alcançaram US$ 4,6 bilhões, revertendo um deficit anterior de US$ 7 bilhões. O aumento das reservas é crítico para continuar recebendo financiamentos do FMI.

A Argentina enfrenta uma grave crise econômica, com alta inflação e pobreza crescente. O programa do presidente Javier Milei inclui cortes de gastos e reforma cambial. Recentemente, houve uma greve geral de 24 horas em resposta às políticas de ajuste fiscal.

O país tem um histórico complicado com o FMI, sendo um dos maiores devedores. O novo acordo substitui o anterior, que não atingiu as metas de 2022. Um 2º desembolso de US$ 2 bilhões está condicionado à revisão das metas em junho.

O FMI avaliou que o nível de reservas líquidas é “extremamente fraco” e busca enfrentar amplas necessidades da balança de pagamentos. O governo promete acumular US$ 9 bilhões em reservas líquidas até o final de 2025.

No 2º dia do novo esquema, o dólar oficial subiu para 1.179,76 pesos (compra) e 1.233,89 pesos (venda). O governo busca manter o câmbio em torno de 1.250 pesos.

O maior desafio será estabilizar a moeda sem intervenções diretas, prática que não ocorre desde o início da semana.

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