Argentina recebe primeira parcela de novo empréstimo de US$ 20 bilhões do FMI
Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI em meio a mudanças econômicas. Desembolso visa reforçar reservas do Banco Central e operar nova flutuação cambial após anos de controle.
Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI
No dia 15 de outubro, a Argentina recebeu US$ 12 bilhões (R$ 70 bilhões) como primeira parcela de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esse desembolso reflete um voto de confiança no programa econômico do presidente Javier Milei. As somas totais de ajuda do FMI e de outros órgãos multilaterais ao país alcançam US$ 42 bilhões (R$ 246,5 bilhões).
O objetivo do empréstimo é reforçar as reservas do Banco Central argentino, que agora aproximam-se de US$ 37 bilhões (R$ 217 bilhões). O desembolso ocorreu após a liberação do controle cambial que vigorava há seis anos.
Após a nova política cambial, o dólar terá flutuação conforme oferta e demanda, com um piso de 1.000 pesos e teto de 1.400 pesos. O Banco Central pode intervir nas cotações.
Pessoas físicas agora podem adquirir quantidade ilimitada de dólares em operações bancárias e até 100 dólares (R$ 584) em espécie. Empresas precisam aguardar até 2026 para enviar dividendos ao exterior.
O economista Sebastián Menescaldi explicou que o mercado já começa a entender o novo sistema de flutuação. A inflação, inicialmente estimada em 4% a 5% para este mês, mostra sinais de desaceleração.
A desaceleração da inflação é crucial para Milei, que enfrentará seu primeiro teste eleitoral nas legislativas em outubro. O rigoroso plano de austeridade do governo resultou em uma redução da inflação de 211% em 2023 para 118% no ano passado.
Contudo, o aumento do custo de vida teve uma leve escalada, indo de 2,4% em fevereiro para 3,7% em março.