Argentina recebe primeira parcela de acordo de US$ 20 bilhões com FMI
O desembolso de US$ 12 bilhões marca um passo importante para Javier Milei em sua administração e a recuperação econômica do país. A medida promete reforçar as reservas do Banco Central e desmantelar o controle cambial que estava vigente há anos.
Argentina recebe US$ 12 bilhões do FMI
A Argentina recebeu US$ 12 bilhões (R$ 70 bilhões) do Fundo Monetário Internacional (FMI), a primeira parcela do acordo mais recente com a instituição.
Essa quantia reflete um voto de confiança no programa econômico do presidente Javier Milei. Ajuda total do FMI e de outros órgãos multilaterais chega a US$ 42 bilhões (R$ 246,5 bilhões).
Objetivo do empréstimo: reforçar as reservas do Banco Central argentino, que agora se aproximam de US$ 37 bilhões (R$ 217 bilhões).
Desdobramentos recentes:
- Um dia após o governo argentino levantar o controle cambial em vigor por seis anos;
- O governo anunciou um acordo de US$ 20 bilhões (R$ 117,5 bilhões) com o FMI;
- Implementação de um esquema de flutuação administrada para o dólar.
O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que isso permitirá a recapitalização do Banco Central e o processo de desinflação.
Flexibilizações:
- Eliminação do dólar diferencial para exportadores;
- Retirada das restrições cambiais para pessoas físicas;
- Distribuição de lucros a acionistas estrangeiros desde 2025;
- Flexibilização dos prazos para operações de comércio exterior.
O PIB da Argentina tem previsão de queda de 1,7% em 2024. Do total do empréstimo, US$ 15 bilhões (R$ 88 bilhões) serão destinados à livre disponibilidade em 2025.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott K.H. Bessent, visitará Buenos Aires na segunda-feira, demonstrando apoio total às reformas econômicas argentinas.