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Argentina mostra confiança de que vai receber US$ 2 bi do FMI mesmo sem cumprir metas

Argentina espera desembolso de US$ 2 bilhões do FMI em meio a desafios na acumulação de reservas. O governo busca alternativas para fortalecer sua posição financeira sem intervir diretamente no câmbio.

Autoridades argentinas sinalizam a investidores em Londres que esperam receber US$ 2 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI) no próximo mês, mesmo não cumprindo a meta de recomposição das reservas internacionais.

Durante reunião em 14 de maio, o presidente do Banco Central, Santiago Bausili, e o secretário de Política Econômica, José Luis Daza, deixaram investidores com a impressão de que o governo receberá itens do programa do FMI, que totaliza US$ 20 bilhões.

O novo programa, anunciado em abril, previa acumular US$ 4,4 bilhões em reservas líquidas até junho. No entanto, as reservas totais do banco central diminuíram desde o desembolso de US$ 12 bilhões em abril. O presidente Javier Milei minimizou a necessidade de reservas em entrevista.

A assessoria de imprensa do Ministério da Economia negou comentários sobre o próximo desembolso, e o banco central não respondeu a pedidos de comentário. O FMI enfatizou a importância de fortalecer as reservas e garantir acesso aos mercados internacionais.

Enquanto isso, a equipe econômica de Milei evita intervir no peso, que flutua entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. Autoridades consideram acumular reservas via emissão de dívida ou acordos de recompra.

Atualmente, o peso está cotado a 1.135 pesos por dólar. Investidores demonstram cautela frente à postura do governo sobre a acumulação de reservas, essenciais para pagar credores e defender o peso, que já desvalorizou mais de 9% neste ano.

O Ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que "se o programa está funcionando, a acumulação de reservas não será um problema". O 23º programa com o FMI sucede um acordo anterior que falhou em cumprir metas, levando a dispensas por parte do FMI.

A acumulação de reservas continua sendo um desafio nos últimos programas do FMI, com a moeda enfrentando sucessivas desvalorizações.

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