Argentina ignora pressões e renova acordo de swap com a China
A renovação do swap com a China visa estabilizar as reservas internacionais argentinas em meio a pressões dos EUA. Economistas afirmam que o acordo é crucial para a economia do país e suas relações bilaterais.
Banco Central da Argentina renovou seu acordo swap de US$ 5 bilhões com a China por mais um ano, conforme comunicado de quinta-feira (10).
O acordo de troca de moedas é essencial para reduzir o déficit das reservas internacionais argentinas, mas sofre pressão dos EUA para diminuir a influência da China na região.
Segundo o comunicado, o Banco Central da China (PBOC) e o Banco Central da Argentina (BCRA) acordaram em manter a parcela de RMB (yuan) 35 bilhões (US$ 5 bilhões) por mais 12 meses. Este acordo foi ativado em 2023, com pagamentos iniciando em junho.
Recentemente, Mauricio Claver-Carone, enviado do Departamento de Estado dos EUA, expressou interesse em que a Argentina cortasse o swap, alinhando-se à política de Donald Trump contra a China.
O economista Jose Lezama destaca que a Argentina não pode encerrar o swap devido à forte relação com a China, sendo crucial para manter reservas internacionais entre US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.
Após as declarações dos EUA, um porta-voz chinês reiterou que as relações entre China e Argentina são benéficas para a estabilidade econômica do país e pediu aos EUA uma visão mais positiva sobre a contribuição para o desenvolvimento na América Latina.