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Argentina: entenda o que muda na economia do país vizinho com o fim do controle sobre o dólar

Decisão de liberar o câmbio na Argentina surpreende analistas e evita crises. O governo de Milei busca estabilizar a economia com apoio do FMI e foco em investimentos a longo prazo.

Argentina enfrenta dia tranquilo após suspender controle cambial

Em um dia sem crises, a Argentina não sofreu uma corrida cambial após a decisão do governo de Javier Milei de suspender controles cambiais. O peso argentino fechou a 1.230 pesos por dólar, uma desvalorização de 12%, menor que as expectativas de over 20%.

O dólar paralelo caiu 6,55%, a 1.285 pesos. Com o fim do cepo, o mercado paralelo agora é para os que não querem se sujeitar ao controle da Afip.

Tranquilidade através do FMI

O acordo com o FMI, anunciando apoio de US$ 22 bilhões, trouxe alívio ao governo. Economistas avaliam positivamente o programa de Milei, mas alertam para riscos sociais e políticos.

Milei evitou mudanças antes das eleições de 26 de outubro, preocupando-se com os impactos na inflação. A liberalização cambial foi fundamental para o acordo com o FMI, que impôs "salvaguardas" para garantir investimentos responsáveis.

As ações argentinas tiveram um bom desempenho, com a YPF subindo 14% e o índice Merval avançando 5,16%.

Superávit fiscal como trunfo

O suporte financeiro do FMI só foi possível graças ao recém-eleito governo de Donald Trump e às duras negociações. A Argentina busca aumentar suas reservas, atualmente negativas em US$ 6 bilhões.

Para Fernando Corvaro, o plano de Milei é "robusto e sem precedentes", com superávit financeiro e credibilidade elevada.

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