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Argentina encerra comissão investigadora de suposta fraude envolvendo Milei

O governo argentino encerra investigação sobre esquema de fraude envolvendo a criptomoeda $LIBRA, promovida pelo presidente Javier Milei. A dissolução da comissão levanta questionamentos sobre supervisão e transparência em um caso que já gerou perdas significativas para investidores.

Governo Argentino dissolve comissão investigativa sobre esquema de fraude com a criptomoeda $LIBRA, promovido pelo presidente Javier Milei.

A comissão foi criada em fevereiro após o escândalo do lançamento da moeda em redes sociais, que inicialmente estava avaliada em US$ 0,01 (R$ 0,057) e subiu para US$ 5 (R$ 28). A moeda colapsou após vendas massivas, levantando suspeitas de informações privilegiadas.

De acordo com um decreto publicado no Diário Oficial, a dissolução ocorreu por a comissão ter cumprido sua tarefa de coletar relatórios do Banco Central e de outras agências.

Milei defendeu-se dizendo: "Não tenho nada a esconder... Eu não promovi, eu difundi." Ele afirmou que não conhecia os detalhes do projeto.

O caso gerou uma denúncia judicial e é investigado também pela Justiça dos EUA. A juíza María Servini solicitou informações sobre operações realizado por Milei e sua irmã, Karina Milei.

O Congresso formou uma comissão parlamentar e convocou o chefe de Gabinete, Guillermo Francos, que negou o caráter fraudulento do caso e pediu por mais tempo para investigação.

A $LIBRA teve um início de US$ 0,30, alcançando US$ 4.978 (R$ 28.512) antes de perder US$ 4 bilhões em valor de mercado. Investidores embolsaram cerca de US$ 107 milhões (R$ 610 milhões).

Especialistas alertam que a situação se assemelhou a um esquema de "tapete puxado", onde os detentores retiram liquidez após inflar o valor do ativo.

O furto foi concluído em duas horas, envolvendo um volume de transações de aproximadamente US$ 4,4 bilhões.

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