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Argentina corre atrás de investidor estrangeiro para reforçar reservas do país

Argentina retoma emissão de dívida no exterior com título em pesos com cotação em dólares. A operação busca reforçar as reservas do Banco Central e cumprir metas do novo acordo com o FMI.

Argentina retorna ao mercado internacional de dívida após sete anos, emitindo US$ 1 bilhão em títulos para fundos de investimento estrangeiros, cotados em pesos argentinos.

A operação visa aumentar as reservas do BCRA (Banco Central da República Argentina) e atender metas do novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

O título de cinco anos terá uma taxa fixa de 29,5% ao ano, considerada elevada. O vencimento acontece em 30 de maio de 2030.

O secretário de Finanças, Pablo Quirno, anunciou que foram recebidas 146 ofertas, totalizando 1,94 trilhão de pesos, equivalente a US$ 1,694 bilhão.

Essa emissão permite a troca de dívida em moeda local por recursos externos, aumentando reservas sem gerar nova dívida líquida e prolongando o prazo médio das obrigações em pesos.

É a primeira vez desde a crise de 2018 que a Argentina emite dívida a investidores privados não residentes, aproveitando a flexibilização dos controles cambiais realizada em abril.

O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que a Argentina volta a acessar o mercado internacional de títulos. O novo título, chamado Bonte 2030, permitirá que investidores utilizem dólares e recebam pesos na data de vencimento.

O bônus possui cláusula de recompra que será ativável em maio de 2027. Os dólares obtidos poderão ser usados para contabilizar a meta de reservas do FMI.

Estimativas apontam que o BCRA precisa acumular cerca de US$ 4 bilhões em três semanas. Analistas consideram a taxa de 29,5% acima das expectativas do mercado, cuja média variava entre 22% e 28%.

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