Argentina anuncia pacote para levantar até US$ 7 bi, e BC deixará de fixar taxa de juros de referência
Governo argentino busca recuperar reservas cambiais com novo pacote econômico. Mudanças na política monetária refletem a transição do controle sobre a taxa de juros e introduzem novos títulos públicos em dólares.
Governo da Argentina anuncia pacote para levantar até US$ 7 bilhões em meio a dificuldades de compra de reservas e necessidade de manter o dólar baixo.
Novas medidas incluem:
- Fim da taxa básica de juros: A partir de 10 de julho, a emissão das Letras Fiscais de Liquidez (LEFI) será encerrada.
- Adoção de novo sistema: Controle de "agregados monetários", onde taxas serão definidas pelo mercado.
- Aumento dos compulsórios bancários.
Os títulos em negociação atualmente vencem em 17 de julho e não serão mais oferecidos ao mercado.
Outras medidas incluem a licitação de títulos públicos em dólares a partir de junho, com limite mensal de US$ 1 bilhão e prazo superior a um ano.
O plano é atingir os US$ 9 bilhões necessários para cumprir a meta de reservas do Fundo Monetário Nacional (FMI) e cobrir pagamentos a credores privados.
Recentemente, o governo emitiu o Bond 2030 por US$ 1 bilhão a uma taxa de 29,5%. O período de retenção de seis meses para investidores não residentes será eliminado.
Desde o acordo com o FMI, a equipe econômica não compra reservas até o dólar atingir US$ 1.000. Com a taxa em torno de US$ 1.200, as reservas diminuíram, mas bancos acreditam que comprarão dólares indiretamente.