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Argentina: 72 horas de hiperatividade na fase 3 do plano econômico de Javier Milei

Argentina anuncia mudanças significativas no regime cambial, permitindo flutuação do dólar. O governo espera estabilizar a economia e atrair investimentos com a nova abordagem, após aprovar um pacote de US$ 12 bilhões do FMI.

Inacessibilidade e sigilo marcaram coletiva de imprensa na Casa Rosada, onde ministros assistiram a anúncios da equipe econômica pelos monitores. O evento, transmitido em cadeia nacional, visava iniciar a fase três da gestão de Javier Milei.

Novas políticas cambiais foram apresentadas, com Luis Caputo reafirmando que a variação do dólar não importa para o governo: “Estamos convencidos da sustentabilidade do plano". A mudança é vista como crucial para a aprovação de recursos pelos organismos multilaterais.

A partir de amanhã, o dólar flutuará entre 1.000 e 1.400 pesos. O governo pretende liberar o controle cambial para pessoas físicas e empresas, mas manterá restrições sobre dólar poupança e deseja eliminar o "blend" agrícola.

A primeira liberação do FMI será de US$ 12 bilhões na terça-feira, com um total previsto de US$ 23,1 bilhões em 2025. O governo planeja um superávit fiscal de 1,6% do PIB, visando retirar pesos da economia e estabilizar a inflação, que foi de 3,7% em março, um dos menores índices desde 2024.

Em meio a incertezas, Caputo e sua equipe acreditam na redução da inflação e reforçam que a política não envolveu aumento de impostos, mas cortes de gastos. O governo se comprometeu em se tornar um “país normal” e quebrar o ciclo de inadimplência.

As reuniões após o anúncio evidenciam um otimismo cauteloso com a mudança cambial, que, segundo a equipe econômica, deve estabilizar a situação financeira do país.

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