Área técnica do TCU pede nova investigação sobre a Previ para apurar compra de ações da Vibra
TCU analisa investimentos de R$ 1 bilhão da Previ em ações da Vibra e investiga possíveis irregularidades na gestão do fundo. Relator do caso apresentará posição hoje sobre a governança e decisões de investimento da entidade.
TCU propõe nova investigação sobre compras da Previ
Membros da área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) sugeriram a abertura de uma nova investigação relativa às compras de ações pela Previ, o fundo de pensão do Banco do Brasil, em 2024.
A proposta surgiu durante a análise de uma perda de R$ 17 bilhões no ano passado e da avaliação sobre a governança na escolha do presidente do fundo, o sindicalista João Luiz Fukunaga.
Na próxima quarta-feira, 9, o relator Walton Alencar apresentará sua posição. O documento ressalta um “substancial aumento” nas ações da Vibra, antiga BR Distribuidora.
A Previ defendeu suas decisões de investimento, afirmando que seguem a Política de Investimentos com análises rigorosas. Afirmou ainda que não registrou perdas em 2024, ressaltando que não precisou vender ativos por valores depreciados.
Os investimentos na Vibra ultrapassaram R$ 1 bilhão em 2024, com recursos do Plano 1, que possui a maior parte de seus participantes inativos, necessitando de maior liquidez.
A instrução do TCU destaca a importância da gestão do fundo em garantir a capacidade de pagamentos e manter o patrimônio.
As compras da Previ ajudam o governo a manter influência sobre a Vibra, empresa privatizada com controle pulverizado. Os técnicos pedem que o TCU verifique se os critérios para a decisão foram estritamente técnicos.
A investigação foi motivada também pela chegada de Fukunaga ao comando do fundo, sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, e questionamentos sobre suas habilidades de gestão, considerando que o fundo controla patrimônio de R$ 270 bilhões.
Fukunaga, funcionário de carreira do Banco do Brasil, é formado em História e tem experiência como presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e auditor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).