Aquisições de ativos ligados à transição energética podem afetar retorno do portfólio, diz Petrobras
Petrobras alerta investidores sobre riscos e incertezas na transição para energia de baixo carbono. A estatal reitera a importância de novas estratégias e sinergias operacionais para mitigar impactos financeiros.
Petrobras afirmou que parcerias ou aquisições na transição energética podem impactar o perfil de risco e a taxa de retorno do seu portfólio, devido aos riscos associados. A estatal destacou que o sucesso depende da implementação de novos processos, sinergias operacionais, e regulamentações.
As informações constam no formulário 20-F, enviado à Securities and Exchange Commission (SEC) dos EUA, onde a Petrobras manifestou preocupações sobre possíveis falhas que podem afetar receitas relacionadas à diversificação das operações.
A empresa ressaltou que o desenvolvimento de produtos e serviços de baixo carbono enfrentam incertezas que podem impactar negativamente os resultados financeiros. Destacou também que sua competitividade na transição energética depende de regulações e preferências do consumidor.
Além disso, a Petrobras mencionou que incertezas quanto ao ritmo da transição energética podem afetar a demanda, resultando em restrições de produção e dificultando o desenvolvimento de novos negócios lucrativos.
No último ano, a estatal já havia abordado aspectos semelhantes no formulário 20-F, discutindo planos para investimentos em eólicas offshore, captura e armazenamento de carbono e produção de hidrogênio verde.
Essas tecnologias ainda integravam o plano de negócios 2025-2029, mas a Petrobras alterou sua abordagem, priorizando o foco no retorno ao segmento de etanol e um aumento na produção de biocombustíveis.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reafirmou que a companhia agora se concentra na molécula em vez do elétron, priorizando combustíveis renováveis, como o diesel verde.