'Aproximar-se da China seria como cortar a própria garganta', diz secretário do Tesouro de Trump em resposta à Europa
Secretário do Tesouro dos EUA alerta sobre os riscos de alianças econômicas com a China. Bessent critica a abordagem do primeiro-ministro espanhol e destaca os desafios enfrentados por empresas europeias.
Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou em congresso sobre os riscos da União Europeia almejar uma aproximação econômica com a China. Para ele, isso seria como "cortar a própria garganta".
A afirmação é uma resposta ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que defende essa abertura. Atualmente, ele está em viagem pela Ásia, com encontros marcados na China.
Bessent chamou atenção para o risco do dumping, que poderia prejudicar as empresas europeias. A sua fala se seguiu a um aviso para que os países da UE não retaliem as novas tarifas impostas pelos EUA, lembrando que a equipe de Donald Trump está aberta a negociações.
Segundo Bessent, os EUA já foram procurados por cerca de 50 países para renegociar tarifas. Ele destacou que as tarifas atuais funcionam como um teto, se a UE não retaliar.
O secretário afirmou que a estratégia de Trump está dando resultados, e que suas ações pressionam a China, que é acusada de ser uma das principais fontes dos problemas comerciais dos EUA.
A resposta da China às tarifas norte-americanas inclui um aumento na taxa de importação para 84%. A União Europeia também anunciou tarifas sobre US$ 23 bilhões em produtos americanos.
Na reação, Trump pediu calma aos cidadãos e fez comentários depreciativos sobre as tentativas de acordo de seus parceiros comerciais.