Aposta em combustível de aviação sustentável é ofuscada por aumento de viagens aéreas
IAG lidera o uso de combustível sustentável entre companhias aéreas, mas enfrenta desafio com aumento das emissões. O setor precisa acelerar a adoção do SAF para mitigar os impactos climáticos das viagens aéreas em crescimento.
IAG lidera uso de combustível sustentável: A International Airlines Group (IAG), controladora da British Airways, se destacou em 2022 ao consumir 55 milhões de galões de Combustível de Aviação Sustentável (SAF), superando todas as companhias aéreas dos EUA juntas.
No entanto, SAF representou apenas 1,9% do total de combustível consumido, enquanto as emissões aumentaram em 5%. Apesar do crescimento no uso de SAF, a mudança ainda é mínima e não acompanha o aumento nas viagens aéreas, que deve crescer 6% este ano.
A União Europeia e o Reino Unido implementaram mandatos para exigir 2% de SAF em combustíveis de aviação. Nos EUA, a falta de mandatos e incentivos tem atrasado o avanço. Enquanto isso, a Alaska Air Group aumentou seu uso de SAF para 0,68%, superando outras grandes companhias aéreas americanas.
Os altos custos do SAF, variando entre US$ 150 a US$ 300 por tonelada de CO2 evitado, complicam a adoção. A produção global de SAF ainda não atende à demanda, com novas usinas enfrentando dificuldades financeiras.
Analistas preveem que as emissões aumentarão à medida que as viagens aéreas se duplicarão até 2050. O setor enfrenta pressão para estabelecer limites de emissões e adotar políticas mais agressivas. O cofundador do grupo Call Aviation to Action destacou a necessidade de uma estratégia clara para evitar um “pouso forçado” no setor.