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Aposentados rurais foram as maiores vítimas do golpe dos descontos do INSS, aponta CGU

A operação revela que aposentados rurais foram os mais prejudicados por descontos indevidos no INSS, com um total estimado de R$ 6,3 bilhões em cobranças irregulares. O governo federal promete reparação às vítimas enquanto implementa novas medidas para prevenir fraudes.

Brasília: A auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que os aposentados do setor rural foram as maiores vítimas dos descontos indevidos do INSS, com 67% dos casos, enquanto os urbanos tiveram 33%.

O escândalo levou à renúncia do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que foi substituído por Wolney Queiroz. As denúncias sobre descontos sem autorização motivaram a Operação Sem Desconto da Polícia Federal, resultando na demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

A CGU indica que a dificuldade de acesso à informação nas áreas rurais torna mais complicado cancelar os descontos. Os dados apurados mostram que 4,28 bilhões de reais foram descontados indevidamente entre janeiro de 2019 e março de 2024.

Além disso, 186 municípios, principalmente no Nordeste, apresentaram mais de 50% de aposentados com descontos. Em 19 cidades, esse número ultrapassou 60%.

As cobranças irregulares podem alcançar 6,3 bilhões de reais entre 2019 e 2024, subindo para 8 bilhões se retroagir a 2016. O governo, através do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que buscará reparar os danos causados, mas os métodos ainda não estão definidos.

A digitalização dos processos facilitou o aumento de associações conveniadas, potencializando as fraudes. O INSS explicou que os problemas começaram em administrações anteriores, mas que medidas imediatas foram implementadas desde então, como a adoção de assinatura eletrônica e biometria.

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