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Após vender R$ 1 bi em 2024, Americanas faz da Páscoa a sua Black Friday

A Lojas Americanas aposta na Páscoa para recuperar a confiança após rombo contábil. A estratégia inclui campanhas promocionais e aumento da variedade de produtos, apesar da elevação dos custos do cacau.

A Páscoa é a Black Friday para a Lojas Americanas. A venda de chocolates e ovos de Páscoa ajudou a restabelecer a confiança na empresa, que enfrentou um rombo contábil levando-a à recuperação judicial em 2023.

A companhia, devido a regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), não divulgou a meta de vendas para este ano. Em 2022, arrecadou R$ 1 bilhão e superou a meta de crescimento de 20%. Para 2025, um aumento semelhante poderia resultar em R$ 1,2 bilhão.

Como nas vendas da Black Friday, a Americanas começou uma campanha de propaganda 40 dias antes da Páscoa, em 20 de abril. A estratégia inclui:

  • Contratação de 6.500 funcionários temporários
  • Aumento de 20% nos produtos nas lojas do Norte e Nordeste devido à demanda

Osmair Luminatti, vice-presidente comercial, destacou a relação com fornecedores e a presença física e digital da empresa.

Após comunicar inconsistências contábeis de R$ 25 bilhões em janeiro de 2023, a Americanas renunciou seus executivos e pediu recuperação judicial. A investigação revelou manipulação contábil e fechamento de quase mil lojas.

No ano anterior, a empresa antecipou pagamentos para garantir o abastecimento de ovos, negociando quase todas as 13 milhões de unidades, superando 2022.

A Americanas identifica a Páscoa como a data comercial mais relevante do primeiro semestre. A variedade de produtos e marcas é um diferencial, segundo Luminatti.

Apesar do aumento de 180% no preço do cacau, a empresa fechou acordos de exclusividade com marcas como Bis branco, Charge e Hershey's, além de ter a marca própria Delice.

A tonelada de cacau chegou a US$ 11.040 em dezembro, um aumento de 163% em relação ao final de 2022, devido a problemas climáticos nos países produtores africanos, como a Costa do Marfim, responsável por 45% da produção mundial.

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