Após ultimato sobre IOF, Motta fala em esperar o “momento certo”
Hugo Motta, presidente da Câmara, adia cobrança sobre o aumento do IOF enquanto discute novas medidas fiscais com a equipe econômica. Reunião crucial com líderes do Congresso está marcada para domingo, onde serão apresentadas propostas para substituir o aumento das alíquotas.
Presidente da Câmara, Hugo Motta, recuou de ultimato ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Motta afirmou que as “medidas estão sendo calibradas” e serão anunciadas no “momento certo”, após almoço com Haddad e outros líderes no Palácio do Alvorada.
Ele planeja se reunir com líderes do Congresso no domingo (8.jun) para apresentar medidas fiscais que substituirão o aumento do IOF. Motta sinalizou que o Brasil necessita de “medidas duradouras” para reorganizar as contas públicas.
No dia 28 de maio, os presidentes do Legislativo deram 10 dias para Haddad apresentar uma alternativa ao aumento do IOF, ou Motta pautaria um PDL (Projeto de Decreto Legislativo) para revogá-lo. No sábado (31.mai), Motta pediu a suspensão imediata do aumento do tributo.
O aumento do IOF visa cumprir a meta fiscal de deficit zero em 2025, após uma estimativa de rombo de R$ 52 bilhões no Orçamento deste ano. Parte do decreto já foi revogada, reduzindo a arrecadação prevista.
Haddad informou que as medidas devem ser definidas até agosto. A equipe econômica está preparando uma apresentação para os líderes até domingo, incluindo gráficos e impactos.
O ministro comentou sobre o “alinhamento” entre Lula, Alcolumbre e Motta, ressaltando a necessidade de não divulgar as medidas antes da reunião com os líderes. A próxima semana será dedicada a convencer o Congresso, com possíveis encaminhamentos de uma PEC e um projeto de lei.
Haddad destacou que a aprovação deve respeitar o “rito adequado” e que diversas propostas foram apresentadas e discutidas com os presidentes.