Após sanção dos EUA contra Moraes, STF diz que 'não se desviará do papel de cumprir a Constituição'
STF reafirma sua independência e competência em julgar crimes contra a democracia, manifestando solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. Sanções impostas pelos Estados Unidos são criticadas pela Corte, que defende o devido processo legal no Brasil.
STF se opõe a sanções dos EUA
O Supremo Tribunal Federal (STF) manifestou-se contra a decisão dos Estados Unidos de sancionar o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky, nesta quarta-feira, 30. A Corte reafirmou que o julgamento de crimes contra a democracia é de competência exclusiva do Judiciário.
Em nota, o STF declarou: "O Supremo não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e garantir um julgamento justo". O apoio ao ministro Moraes foi destacado na mesma declaração.
Contexto das sanções
- As sanções foram mencionadas em uma carta do ex-presidente Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criticando Moraes pelo processo contra Jair Bolsonaro.
- As sanções resultaram no bloqueio de todos os bens de Moraes nos EUA e proibição de negócios com cidadãos americanos.
Sobre a Lei Magnitsky
- Sancionada em 2012, permite sanções econômicas a indivíduos por corrupção ou graves violações de direitos humanos.
- Baseada na morte do advogado russo Sergei Magnitsky, a lei foi ampliada em 2016 para incluir mais casos de abuso e corrupção.
Critérios para sanções
- A sanção requer evidências concretas de violações, como execuções extrajudiciais e tortura.
- Alvos incluem agentes públicos que reprimem a corrupção e a integridade das eleições.
Indivíduos na SDN list (Specially Designated Nationals and Blocked Persons list) da OFAC enfrentam restrições de movimentação de bens e acesso ao sistema financeiro dos EUA.
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