Após sanção dos EUA a Moraes e ‘aliados’, expectativa é por voto de Fux
Ministro Luiz Fux se prepara para votar em julgamento que pode impactar o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto medidas restritivas impostas por Alexandre de Moraes geram tensões diplomáticas com os EUA. A expectativa recai sobre a manifestação de Fux, único a divergir da maioria que já apoiou as decisões de Moraes.
Em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e EUA, o ministro Luiz Fux prepara seu voto sobre as sanções severas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, impostas por Alexandre de Moraes, do STF.
A 1.ª Turma do STF já formou maioria em apoio à decisão de Moraes, mas o voto de Fux, o último a se manifestar, gera expectativa até o dia 21 de outubro.
Moraes ordenou a instalação de tornozeleira eletrônica em Bolsonaro e impôs restrições, como a proibição de contato com seu filho, Eduardo Bolsonaro, nos EUA, e de sair à noite e nos fins de semana.
Essas medidas geraram retaliações americanas, resultando na suspensão do passaporte de Moraes e de seus familiares, anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A maioria da 1.ª Turma acatou rapidamente os argumentos de Moraes, reforçando riscos de fuga de Bolsonaro.
Desde o início da ação, com 31 réus envolvidos, a turma tem apoiado unânime as decisões de Moraes. No entanto, Fux se destacou como contraponto, expressando ressalvas, como a diferenciação entre atos preparatórios e execução em relação ao plano golpista.
Além disso, ele defendeu penas mais brandas em casos específicos, como o da cabelereira Débora Rodrigues, implicada nos atos de 8 de Janeiro, argumentando que as dosimetrias de Moraes eram exageradas.
Moraes destacou a necessidade de evitar ações que possam perturbar o processo judicial e a sobernania brasileira em suas decisões contra Bolsonaro.