Após reunião com Lula, Haddad diz que pacote alternativo ao IOF deve ser enviado à Casa Civil hoje
Ministro da Fazenda apresenta pacote alternativo ao aumento do IOF, com novas propostas de tributação. Medidas visam reduzir impacto fiscal e não afetar o cotidiano da população.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou medidas do pacote alternativo ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira.
Estiveram presentes os ministros Gleisi Hoffmann e Sidônio Palmeira, além dos líderes do governo na Câmara e no Senado.
Haddad afirmou que as medidas serão enviadas à Casa Civil ainda nesta terça, após discussão com parlamentares. A reunião já estava prevista, e Lula não participou das discussões anteriores devido à viagem à França.
As novas propostas incluem:
- 5% de Imposto de Renda sobre aplicações financeiras atualmente isentas (como LCI e LCA)
- Alíquota uniforme de 17,5% para investimentos no mercado financeiro, incluindo criptomoedas
- Aumento do IR sobre Juros sobre Capital Próprio de 15% para 20%
- Aumento da tributação sobre bets de 12% para 18% e CSLL das fintechs de 9% para 15%
- Corte linear de 10% nos benefícios tributários para pessoas jurídicas (exceto Zona Franca de Manaus e Simples)
Haddad destacou que as medidas não impactarão o dia a dia da população, visando a justiça tributária e a queda dos juros e do dólar.
Contudo, os líderes presentes não firmaram compromisso para aprovar o pacote. O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que não há compromisso do Congresso em chancelar as novas medidas.
A equipe econômica expressou preocupação com o aumento de gastos, especialmente com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas não obteve apoio para ajustes.