Após montanha-russa, S&P 500 fecha terceiro mês no vermelho
Mercados americanos enfrentam volatilidade em abril, impactados por políticas tarifárias de Trump. Em meio a quedas e incertezas econômicas, investidores buscam sinais de estabilidade e continuidade nas negociações.
Desempenho do S&P 500 em abril: fechou com queda de 0,08%, marcando o terceiro mês consecutivo no vermelho. O Nasdaq teve leve alta de 0,9% e o Dow Jones caiu 3,4%.
O mês foi marcado por oscilações significativas, principalmente após o anúncio de tarifas por Donald Trump, seguido de um recuo nas imposições. A queda foi acentuada, com o S&P 500 recuando 13,8% em apenas dias.
A análise de Diego Chumah, gestor de bolsa, destaca que a volatilidade teve relação direta com as ações de Trump e sua equipe econômica. A tarifa anunciada, que variava de 10% a 49%, não seguiu uma lógica econômica clara.
Após retaliação da China, que impôs tarifas equivalentes, a situação se agravou. No entanto, uma pausa nas tarifas adicionais foi anunciada em 9 de abril, trazendo alívio temporário ao mercado.
A instabilidade resultou em uma baixa confiança entre investidores, com apenas 16% das empresas fornecendo previsões – o menor nível desde a pandemia.
No último pregão de abril, o PIB dos EUA surpreendeu negativamente e a criação de empregos ficou abaixo do esperado, sinalizando os efeitos da política de Trump. O S&P 500 subiu 0,15%, enquanto o Dow Jones avançou 0,35% e o Nasdaq encerrou praticamente estável, com queda de 0,09%.
Dados econômicos relevantes:
- PIB americano: contraiu 2,4% no 1º trimestre, o maior recuo desde 2022.
- Inflação (PCE): caiu menos de 0,1% em março, anualizada em 3,6%.
- Criação de empregos: 62 mil vagas em abril, muito abaixo das 124 mil esperadas.
As incertezas políticas continuam a impactar as decisões de contratação e o apetite por risco no mercado.