Após forte alta, é hora de vender “utilities” na B3? Santander ainda vê oportunidades
Investidores reconsideram suas estratégias no setor de utilities, enquanto Santander destaca potencial de crescimento e proteção contra inflação. A recomendação do banco para ações da Sabesp, Copel e Eneva reflete a confiança em um desempenho robusto a longo prazo.
Valorização das ações de utilities brasileiras superaram 23,2% desde o final de 2022, mas investidores reavaliam suas posições devido à estabilidade dos títulos públicos de 10 anos. Isso gerou dúvidas sobre a exposição ao setor, anteriormente visto como atrativo por seu valuation descontado, proteção contra inflação, crescimento orgânico e ambiente regulatório estável.
Analistas do Santander consideram reduzir parcialmente a exposição a utilities, mas ainda mantêm essas ações como centrais na carteira. Os motivos incluem o crescimento orgânico e TIRs reais elevadas.
O banco destaca em suas preferencias a Sabesp (SBSP3) devido à sua liquidez, valor de mercado (US$ 13,77 bilhões) e potencial de crescimento do EBITDA (CAGR de 18% entre 2024 e 2029). A recomendação é de compra com preço-alvo de R$ 122,02.
A Equatorial (EQTL3) é valorizada por sua cultura corporativa e excelência em alocação de capital. Preço-alvo permanece em R$ 44,38, enquanto a Copel (CPLE6) também é preferida com preço-alvo de R$ 12,63, destacando uma TIR real de 11,1%.
O banco acredita que o sucesso da privatização da Copel não está totalmente refletido nas ações e espera dividendos extraordinários em breve.
Finalmente, a Eneva (ENEV3) tem preço-alvo de R$ 15,57 e é vista como bem posicionada para atender à demanda futura de capacidade energética, com leilões regulatórios previstos para 2025.