Após fim do “cepo” na Argentina, dólar blue recua mais de 16%, para 1.150 pesos
Com a flexibilização dos controles cambiais, cotação do dólar paralelo na Argentina apresenta queda significativa. Ministro da Economia critica previsões de desvalorização, destacando melhora na inflação e fluxo de investimentos.
Apoio do FMI impulsiona câmbio na Argentina
O Banco Central da Argentina recebeu US$ 12 bilhões do Fundo Monetário Internacional, parte de um acordo total de US$ 20 bilhões.
Esse aporte criou um ambiente favorável, fazendo com que o mercado cambial paralelo convergisse para a cotação oficial. Desde o dia 14, com a retirada do “cepo”, o “dólar blue” caiu 16,4%, alcançando 1.150 pesos (ante 1.114 oficiais).
As cotações paralelas, MEP e CCL, recuaram 17,1% e 16,4%, respectivamente.
O ministro da Economia, Luís “Toto” Caputo, criticou economistas que previram uma desvalorização maior da moeda. Ele destacou que a cotação atual representa um alívio para a inflação, que estava sob pressão.
Caputo também comentou em sua rede social: “O dólar está atualmente em 1.065, abaixo do oficial. Deveríamos esperar desculpas, mas provavelmente não vão acontecer.”
Além da recomposição de reservas, o aumento na oferta de dólares é explicado pelo “carry trade”, com investidores estrangeiros acessando o Mercado de Câmbio Livre (MLC).
Pelas novas regras, o Banco Central intervirá apenas se a cotação cair abaixo de 1.000 pesos por dólar ou subir além de 1.400 pesos.