Após escalada de Israel contra Damasco, Síria retira tropas de Sweida e diz querer evitar guerra

Após ataques aéreos israelenses em Damasco, a Síria decidiu retirar suas tropas de Sweida, sul do país, após firmar um novo acordo de cessar-fogo com milícias drusas. O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, afirmou que o país enfrenta a escolha entre "guerra aberta" com Israel ou priorizar o interesse nacional.

Ele declarou: "Escolhemos o caminho que coloca o bem-estar dos sírios acima do caos". A ofensiva israelense, que deixou pelo menos três mortos, intensificou-se mesmo com a pressão dos Estados Unidos para encerrar o isolamento da Síria.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, mencionou que os EUA iniciaram diálogos para solucionar a tensão e afirmou que todas as partes devem cumprir acordos de paz. O governo sírio confirmou a retirada de Forças Armadas de Sweida, conforme noticiado pela SANA.

Desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro, Israel realizou centenas de ataques, com escalas significativas recentes. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que cerca de 516 pessoas foram mortas desde domingo, incluindo civis.

Israel defende seus ataques como proteção à minoria drusa, porém o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu os novos líderes sírios como uma ameaça. O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou a escalada de violência e pediu respeito pela soberania síria.

Negociações de Cessar-Fogo:

• Os drusos praticam um islamismo exclusivo e são uma minoria significativa na região.
• Um novo cessar-fogo foi anunciado, prometendo uma paralisação total das operações militares.
• No entanto, Hikmat al-Hijri, uma figura drusa, rejeitou a trégua e convocou à luta contínua.

Diversos países, como Turquia e Arábia Saudita, condenaram os ataques israelenses, enquanto o Irã classificou-os como “agressão descontrolada”.