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Após divórcio, quase metade dos brasileiros usa dinheiro da divisão de bens para financiar novo imóvel

Divórcios impulsionam transformação no mercado imobiliário, com alta demanda por imóveis menores e mais acessíveis. Pesquisa indica que 50% das pessoas buscam novos lares após separações, refletindo mudanças nas dinâmicas familiares e financeiras.

Divórcios transformam o perfil de consumo de imóveis no Brasil

Um levantamento do Instituto Mulheres do Imobiliário (IMI) revela que 50% das pessoas buscam novos imóveis após a separação. Além disso, 44% dos entrevistados utilizaram recursos da divisão de bens para financiar a nova casa.

Em 2022, o Brasil registrou mais de 420 mil divórcios, o maior número da série histórica segundo o IBGE. Esse aumento tem intensificado a procura por imóveis menores e mais acessíveis.

A pesquisa é feita de forma 100% online e continuará ativa para coletar dados ao longo do tempo. Dos que viviam de aluguel antes da separação, 47% permaneceram em imóveis alugados e apenas 17% migraram para um imóvel próprio.

A especialista Tizi Weber destaca que o divórcio é um gatilho de movimentação no mercado imobiliário, que tradicionalmente não era bem mapeado.

Impactos pós-divórcio:

  • 39% relataram piora no padrão de moradia e de vida.
  • Entre quem tinha imóvel próprio, 49% das mulheres contribuíram com pelo menos metade do valor.

Elisa Rosenthal, presidente do IMI, observa que as mulheres geralmente enfrentam maiores despesas após a separação, mas ainda lideram nas decisões de compra ou aluguel.

A pesquisa ainda indica que o mercado já registrava um crescimento em imóveis compactos, especialmente em São Paulo, onde um em cada quatro lançamentos é de imóveis de até 50 m².

Com o aumento de separações, a demanda por imóveis menores e bem localizados tende a crescer, o que pode reaquecer o mercado de locação nas áreas centrais.

Tizi Weber finaliza que entender essa transformação é crucial para o futuro do mercado imobiliário: “O consumidor divorciado busca um recomeço, o que exige soluções mais humanas e acessíveis.”

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