Após crise do IOF, Haddad diz que há 'espaço fiscal' para ajuste sem punir mais pobres: 'Deveria interessar à oposição também'
Ministro destaca que o governo busca soluções fiscais que não afetem os mais pobres e se reunirá com o presidente Lula para finalizar o pacote de medidas. O ajuste inclui propostas legislativas que visam um impacto estrutural nas contas públicas.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que há "espaço fiscal" para um ajuste nas contas públicas sem penalizar os mais pobres.
O governo estuda medidas a serem apresentadas ao Congresso após a crise causada pelo decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Haddad destacou que a proposta deve incluir:
- Um Projeto de Emenda à Constituição (PEC)
- Um projeto de lei (PL)
- Uma medida provisória (MP), se necessário
Segundo ele, o pacote é um "plano robusto" com impacto estrutural nas contas públicas.
Haddad ainda não revelou detalhes das medidas. O pacote será avaliado pelo presidente Lula hoje à tarde.
Ele negou que as medidas do Ministério de Minas e Energia, que podem gerar R$ 35,25 bilhões entre 2025 e 2026, façam parte das discussões com o Congresso.
Colaboradores afirmaram que Silveira quer que o plano seja colocado em prática rapidamente para evitar soluções impopulares.
Haddad se reuniu com Hugo Motta e Davi Alcolumbre para discutir os impactos do pacote. Ele acredita que o plano é superior ao de anos anteriores, oferecendo estabilidade nas contas.
Ainda participaram do encontro os ministros Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, além de líderes do governo na Câmara e Senado.
O governo enfrenta uma paralisação da máquina pública se o decreto do IOF for derrubado, afetando despesas não obrigatórias e serviços essenciais.
O decreto, publicado no mês passado, visa aumentar a arrecadação federal em cerca de R$ 20 bilhões, com o impacto reduzido por recuos em taxações, como a sobre remessas de recursos ao exterior.