Após conversa com Motta, Bolsonaro busca simplificação do PL da Anistia
Bolsonaro busca apoio do PL para reformular proposta de anistia a presos do 8 de Janeiro e minimizar resistências na Câmara. A estratégia inclui o diálogo com líderes políticos e a preocupação em balancear interesses com o Judiciário.
Ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou ao PL uma avaliação para simplificar o projeto de lei de anistia a presos do 8 de Janeiro, visando reduzir resistências na Câmara dos Deputados.
A percepção é que as punições do STF foram severas, mas é crucial responsabilizar os que vandalizaram as sedes dos três Poderes.
Esse pedido surgiu após uma conversa reservada com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A forma de modificação do projeto e a inclusão de Bolsonaro na proposta ainda não estão definidas.
Bolsonaro propõe uma “anistia ampla, geral e irrestrita”. O relator atual, Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), pode ser substituído por Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).
Motta busca entendimento com os Poderes e já conversou com ministros do STF. Ele pretende levar a proposta aos líderes após reunir 257 assinaturas.
Entre os bolsonaristas, há uma crença de que os envolvidos nos vandalismos poderiam ser condenados, porém apenas por esse crime, com penas de até três anos.
Motta enfrenta um dilema: equilibrar compromissos com o PL e aliados do governo e Judiciário que se opõem à anistia. Ele busca ganhar tempo, já que a Câmara estará menos movimentada na próxima semana.
Apesar da urgência, a votação pode ocorrer em três semanas. Motta criticou a ênfase na anistia nas discussões políticas, ressaltando que o Brasil tem diversos desafios.
Criticos apontam que há cerca de 2.300 projetos em regime de urgência na Casa. O partido Podemos é contra a anistia “ampla e irrestrita”, mas aberto a uma “anistia modulada” para quem não participou de depredações.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA