Após cem dias, americanos desaprovam Trump em seu ponto mais forte: a economia
Após cem dias de mandato, Donald Trump enfrenta forte desconfiança em sua capacidade de gerir a economia, preocupando eleitores com a alta da inflação e a iminente recessão. Pesquisa revela que a desaprovação em sua atuação econômica alcançou o maior índice desde o início de seu governo.
Donald Trump completa cem dias de mandato nesta terça-feira (28) com a pior avaliação na economia, tema crucial para sua eleição.
O percentual de americanos que confiam no presidente para gerir a área caiu de 65% para 52% em quatro meses, segundo pesquisa CNN/SSRS. A desaprovação do desempenho de Trump na economia atingiu 61%, o maior valor desde sua primeira posse em janeiro de 2017.
A queda de 13 pontos percentuais na confiança foi a maior entre os seis temas pesquisados. O grupo que não confia no presidente passou de 35% para 48%.
Em relação às tarifas de importação, 66% dos americanos acreditam que pagarão mais por suas compras, enquanto apenas 25%70% acredita que as tarifas custarão mais dinheiro aos EUA no curto prazo.
Trump, que foi favorecido pelo descontentamento com a inflação sob Joe Biden, tem a economia como ponto principal de sua campanha eleitoral. Mais da metade dos eleitores (52%) indicaram a economia como tema prioritário.
A inflação agregada vem desacelerando, mas preços de itens como ovos estão se tornando símbolos de descontentamento. A reprovação do presidente sobre a inflação subiu para 64%, uma alta de 8 pontos.
Expectativas de alta do desemprego também são alarmantes, com o economista-chefe da Apollo Global Management, Torsten Slok, colocando em 90% a chance de o país entrar em recessão.
No cronograma de Slok, as importações da China vão parar em maio, causando demissões no setor de logística e varejo, e, a partir de julho, o país entraria em recessão.