Após caos nas bolsas da Ásia, ações europeias despencam por conta do 'tarifaço'
A crise grega e o aumento das tarifas dos EUA acendem temores de recessão na Europa, levando ações a mínimas históricas. Com o índice STOXX 600 registrando sua maior queda desde a pandemia, empresas sensíveis ao comércio, como bancos e fabricantes de armas, enfrentam perdas significativas.
Ações europeias enfrentam queda acentuada nesta segunda-feira, 7 de julho, atingindo a mínima de 16 meses após a Grécia impor um feriado bancário. A situação se agrava com a possibilidade de recessão, impulsionada pelo 'tarifaço' anunciado pelos EUA na semana passada.
O índice pan-europeu STOXX 600 caiu 5,8% às 04h22 (horário de Brasília), marcando a maior queda percentual diária desde a pandemia de COVID-19. O índice de referência da Alemanha foi um dos mais afetados, com uma queda de 6,6%.
- Commerzbank perdeu 10,7%;
- Deutsche Bank caiu 10%.
Fabricantes de armas, que tinham se beneficiado com a expectativa de aumento no gasto com defesa, também sofreram quedas significativas:
- Rheinmetall: 23,7%;
- Hensoldt, Rheinmetall e Renk: caíram entre 17% e 21%.
Traders ajustam a estimativa da taxa de depósito do BCE para 1,70% em dezembro, em comparação com 1,75% na sexta-feira (4).
O presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmou sua postura tarifária, afirmando que os investidores "teriam que tomar seu remédio" e que não haveria acordo com a China até que o déficit comercial dos EUA fosse resolvido. Isso provocou novas vendas nos mercados asiáticos.