Após campanha dominada por impeachment de Yoon, Coreia do Sul vai às urnas escolher novo presidente
Candidatos à presidência da Coreia do Sul apresentam propostas conflitantes em debate acirrado, enquanto o país enfrenta múltiplas crises. Com a eleição se aproximando, as pesquisas indicam Lee Jae-myung como favorito em um cenário político instável.
Uma semana antes das eleições na Coreia do Sul, os quatro principais candidatos participaram de um debate marcado por ataques e provocações.
A votação foi convocada após a deposição de Yoon Suk-yeol em abril. A situação atual é reflexo da lei marcial decretada por Yoon e de um processo criminal em andamento.
Esse embate eleitoral é considerado uma oportunidade de reavaliação do modelo de governança no país.
Lee Jae-myung, do Partido Democrático, aparece como favorito. Vindo de uma família pobre, o político tem uma trajetória de superação, tendo vencido eleições em diferentes cargos ao longo de sua carreira.
Kim Moon-soo, seu principal adversário, é um ex-líder sindical que se tornou conservador. Manteve lealdade a Yoon e defende sua gestão na discussão sobre a lei marcial.
Yoon foi afastado após o Parlamento derrubar sua determinação de lei marcial. Agora, a sucessão de crises revela tensões no sistema político da Coreia do Sul.
Os votos conservadores estão fragmentados, o que pode favorecer Lee Jun-seok, que aparece com 10% nas pesquisas.
A eleição ocorre em um cenário econômico delicado, com previsão de crescimento reduzido. Lee busca estreitar os laços com EUA e China, enquanto Kim prioriza alianças com EUA, Austrália, Índia e Asean.
Uma crise demográfica também impacta o contexto eleitoral, com a taxa de natalidade em 0,75 filho por mulher, bem abaixo do necessário, enfatizando o envelhecimento da população sul-coreana.