Após buscar aproximação, Lula é emparedado pelo Congresso com IOF
Lula tenta reforçar laços com o Congresso, mas enfrenta resistência crescente em relação ao aumento de impostos. Após declarações polêmicas sobre o IOF, lideranças do Legislativo pressionam por alternativas antes de uma possível votação contrária ao governo.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou 2025 buscando modificar sua relação com o Congresso.
Ele se aproximou da cúpula do Legislativo, mas enfrentou resistência.
O Congresso reagiu rapidamente ao anúncio do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como solução para o buraco orçamentário de R$ 31,3 bilhões. O governo previa arrecadar R$ 19,1 bilhões com a medida.
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram um ultimato ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esperando uma solução até 10 de junho.
A equipe econômica tenta manter que a derrubada do decreto paralisaria a máquina pública, mas isso não surtiu efeito.
Se não encontrarem alternativas para a meta fiscal, os congressistas podem anular o aumento do imposto, representando uma grande derrota para Haddad e o governo.
Haddad enfrenta dificuldades, já que o governo Lula tem pouca disposição para cortar gastos e a única solução parece ser a elevação de impostos.
No momento, o ministro se sente isolado e criticado por diversos setores, incluindo ministros e empresários.
Lula, embora tenha demonstrado força ao unir lideranças em viagens, perdeu parte da sua influência. Um exemplo disso foi a recusa de Motta em acompanhá-lo em diversas viagens.
Motta também pediu maior participação de Lula nas discussões sobre o IOF, mas o presidente estará ausente, viajando para a França no dia 4 de junho.