Após ataques a Tarcísio, Eduardo Bolsonaro fala em “boa e longa conversa”

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou uma conversa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), marcando uma trégua após ataques ao ex-ministro de seu pai.

A reconciliação ocorreu em meio à crise gerada pela tariff de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que afeta a economia paulista.

Eduardo descreveu o diálogo como “bom e longo” e ponderou que estão ambos “na melhor das intenções do interesse dos brasileiros”. Ele ressaltou que “visões de mundo diferentes são normais”.

A trégua surge após Eduardo criticar Tarcísio, chamando-o de “subserviente” ao STF e de ignorar os interesses do setor produtivo. A tensão aumentou quando Tarcísio buscou diplomatas americanos para resolver a sobretaxa, enquanto Eduardo defendia anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.

O ex-presidente Jair Bolsonaro tentou acalmar os ânimos, elogiando Tarcísio como “grande gestor”. Porém, Eduardo havia classificado a articulação de Tarcísio como “desrespeito” por não consultar Jair ou ele mesmo.

Eduardo expressou mensagens agressivas nas redes sociais, cobrando anistia para “presos políticos” e criticando a “subserviência às elites”.

Aliados do PL expressaram preocupação com o comportamento de Eduardo, que, segundo eles, está “fora de controle” e obcecado pela candidatura presidencial de 2026, competindo com Tarcísio.

A crise se intensifica com a acusação de Eduardo de conspirar contra o país, pressionando por sanções comerciais. O advogado-geral da União, Jorge Messias, indicou que ele pode ser processado por dano moral coletivo, enquanto o PT requer a suspensão de seu mandato por quebra de decoro.