Após ações caírem 30%, Natura tenta acalmar investidores e cita dividendo e margem
Após resultados decepcionantes, a Natura busca restaurar a confiança dos investidores e melhorar suas margens. A companhia destacou a possibilidade de retomar o pagamento de dividendos com a fusão proposta e a gestão de custos.
Natura reafirma compromisso com melhoria de margens e discute fusão com investidores em reunião privada.
No encontro, realizado em 25 de março, a nova gestão, liderada pelo CEO João Paulo Ferreira e pela CFO Silvia Vilas Boas, abordou os resultados frustrantes do quarto trimestre de 2024, que causaram uma queda histórica de 29% nas ações da empresa.
A Natura anunciou um programa de recompra de ações e reestruturação da gestão. Apesar da recuperação de 5% nas ações, elas ainda estão abaixo dos níveis anteriores.
Os analistas reconheceram que as explicações da gestão ajudaram a abordar preocupações, mas notaram a falta de dados quantitativos suficientes. A capacidade da Natura de retomar o pagamento de dividendos foi debatida, com a gestão destacando resultados positivos da Natura Cosméticos.
Para restaurar a confiança, a empresa iniciou um engajamento direto com investidores e lançou um programa de recompra de quase 53 milhões de ações.
Analistas do Itaú BBA e da XP destacaram que, embora críticas tenham sido abordadas, os custos de transformação continuarão a ser significativos em 2025. O Goldman Sachs alertou sobre riscos na integração da Avon International.
As operações na Argentina foram um tema central, com a gestão enfatizando a importância do mercado, onde as marcas Natura e Avon mantêm participação de mercado.
Ferreira assegurou que os resultados fracos do último trimestre foram uma exceção e a empresa está focada em reduzir a volatilidade dos lucros no futuro.