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Após acirramento de tensões com EUA, Fazenda mantém aposta em negociação sobre tarifas e descarta controle de dividendos

Ministério da Fazenda busca negociação sobre tarifas dos EUA, enquanto Lula critica revogação de vistos de magistrados. Discussões sobre taxação de big techs também ganham destaque na estratégia do governo.

Ministério da Fazenda do Brasil foca em negociar tarifas de importação após tensões com os Estados Unidos.

No sábado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou rumores sobre a limitação de remessas de dividendos de empresas americanas no Brasil como retaliação às tarifas dos EUA.

A Fazenda afirmou que a possibilidade de controle rigoroso sobre dividendos está fora de cogitação.

A taxação de 50% imposta por Washington começa a valer em 1º de agosto, mas ainda há espaço para negociação, mesmo com as tensões políticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou "inaceitável" a revogação de vistos por Trump a ministros do STF e ao Procurador-Geral, Paulo Gonet.

A decisão foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, após medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Rubio alegou que a administração Trump responsabilizaria estrangeiros por ações que censuram a liberdade de expressão nos EUA.

O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que o caso de Bolsonaro não deve impactar as negociações tarifárias, insistindo na separação dos Poderes.

Alckmin, que lidera o diálogo com o setor privado, se reuniu com representantes da economia e novos encontros estão agendados para a próxima semana.

Além disso, a questão da taxação de big techs foi levantada após a imposição das tarifas de 50%, com a possibilidade de implementar uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

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