Após 9 meses subindo juros, Banco Central pode interromper ciclo de alta da Selic nesta quarta
Copom se reúne nesta quarta-feira para discutir a Selic, atualmente em 14,75% ao ano, com expectativas de manter ou aumentar a taxa. Analistas divergem sobre a direção a ser tomada, refletindo incertezas no cenário econômico e inflacionário.
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne na próxima quarta-feira (18) para discutir a taxa Selic, atualmente em 14,75% ao ano. Esse é o maior nível em quase 20 anos.
A decisão sobre manter ou aumentar a taxa será anunciada após as 18h do mesmo dia. O mercado financeiro está dividido sobre a ação do BC.
De acordo com uma pesquisa com 130 instituições financeiras, a maioria acredita que pode haver uma interrupção na alta da Selic, que acontece desde setembro de 2022 com seis aumentos seguidos.
Luis Otávio Leal, economista da G5 Partners, afirma que a desaceleração da inflação em maio gera esperança de que o pior já passou e projeta que a Selic deve ser mantida até pelo menos final de 2025.
No entanto, alguns bancos, como o C6 Bank, sugerem que a taxa pode aumentar para 15% ao ano, justificando a necessidade de uma política monetária contracionista em resposta à inflação elevada.
O Banco Central utiliza um sistema de metas para definir os juros, visando controlar a inflação e impactando diretamente a população mais pobre.
A desaceleração econômica é vista como parte da estratégia para conter a inflação, mas o presidente do BC, Gabriel Galípolo, defendeu manter as taxas de juros elevadas por mais tempo.
Essas taxas mais altas podem trazer consequências para a economia, como:
- Reflexo nos juros bancários: Taxas médias em abril chegaram a 45,3%.
- Crescimento da economia: Juros altos podem conter o consumo e dificultar investimentos.
- Piora das contas públicas: Aumento das despesas com juros e endividamento do país.
- Impacto nas aplicações financeiras: Renda fixa pode ter rendimentos maiores, diminuindo a atratividade do mercado acionário.