Apetite pela bolsa brasileira cresce com crise nos EUA, mas classe está longe de ser a preferida
A pesquisa da corretora XP revela um aumento no apetite dos brasileiros por ações, com 18% planejando aumentar a exposição à renda variável. A renda fixa permanece como a preferida em meio à expectativa de alta da Selic.
Aumento do apetite dos brasileiros por ações neste mês impulsionado pelo Ibovespa, que se aproxima do recorde, revela pesquisa da XP.
18% dos clientes da corretora pretendem aumentar investimentos em renda variável, subindo de 16% em março. Por outro lado, 12% buscam reduzir, uma queda em relação a 15% do mês passado. 70% manterão a parcela investida, aumento de 69% em março.
Sentimento melhor com a bolsa: 55% dos investidores deram nota 7 ou mais para a renda variável, um aumento sobre 40% no mês anterior. A média subiu de 5,9 para 6,4.
Perspectiva para o Ibovespa é de 132 mil pontos até o fim de 2025, representando uma queda de 2% em relação ao atual 135 mil pontos. A bolsa cresceu quase 4% neste mês e 12% neste ano, favorecida pela saída de recursos dos EUA devido a políticas problemáticas do presidente Trump.
A classe renda fixa continua favorita com juros altos. Expectativa de aumento da Selic para 14,75%% ao ano em maio. 75% dos investidores seguem interessados na renda fixa, baixando de 77% no mês anterior. 61% se mostram atraídos por fundos de renda fixa, aumento de 57% em março.
Interesse por investimentos internacionais cai para 41%, de 48% no mês passado. Atração por ações chega a 28%, alta em relação a 21%. Ouro ganha destaque, com 14% de interesse, subindo de 7%.
Preocupação com política fiscal é vista como maior risco para 44%, bem abaixo dos 60% anteriores. A recessão nos EUA preocupa 15%, elevada de 4% em março. Riscos geopolíticos afetam 9%, com aumento de 3%.
Mesmo com volatilidade mundial causada por Trump, 39% mantêm interesse por investimentos internacionais. 17% afirmaram ter reduzido este interesse após os anúncios do presidente, enquanto 44% disseram que aumentou.