Apartamentos de até 45 m² dominam lançamentos em São Paulo, aponta Goldman Sachs
Apartamentos compactos dominam lançamentos em São Paulo devido à alta demanda e custos elevados. Com foco em entregas rápidas e localização estratégica, esses imóveis se consolidam como uma opção atrativa para investidores.
A crescente demanda por apartamentos compactos em São Paulo está moldando o mercado imobiliário da capital. Mais de 70% dos lançamentos nos últimos 12 meses têm menos de 45 metros quadrados, conforme um relatório do Goldman Sachs.
Essa tendência é impulsionada por:
- Alto custo do metro quadrado
- Busca por localizações centrais
- Necessidade de moradias acessíveis
Os compactos são atraentes, principalmente para jovens, solteiros e investidores. Apesar do impacto econômico, a mudança também reflete novos estilos de vida e padrões de consumo habitacional.
O estudo Brazilian Homebuilder indica que, mesmo com a pressão inflacionária e oscilações nas taxas de juros, o mercado imobiliário é otimista. A presença significativa de unidades compactas deve-se à sua agilidade nas vendas.
Contudo, essas unidades menores têm uma contribuição financeira proporcionalmente menor nos lançamentos, devido às suas dimensões. O estudo revelou que, apesar do bom desempenho das unidades compactas, elas não consistentemente têm os prazos de escoamento mais baixos entre todas as categorias analisadas.
Luiz França, presidente da Abrainc, afirma que a demanda por imóveis compactos deve continuar em 2025, especialmente em áreas densamente povoadas e com infraestrutura sólida.
Os compactos se destacam como uma opção inteligente para investidores, oferecendo alta rotatividade e boa rentabilidade no aluguel, devido à localização estratégica e ao ticket acessível.
A Abrainc contribuiu com dados de 20 grandes incorporadoras, analisando vendas, lançamentos e custos. A estratégia de focar em imóveis compactos ajuda a mitigar o impacto da inflação sobre insumos e mão de obra, já que exigem menos investimento por unidade.
Em janeiro, o INCC teve uma alta de 7,1%, superando o IPCA. Apesar desse cenário, as construtoras avaliam que a inflação é administrável, especialmente para segmentos de média e alta renda.
O otimismo em relação à estabilidade operacional e às margens preservadas atrai o interesse de investidores no setor.