Aos 82, bilionário luta para manter a maior seguradora da Itália sob controle do país
Francesco Gaetano Caltagirone, um dos maiores magnatas da construção civil da Itália, enfrenta uma batalha decisiva pelo controle da Assicurazioni Generali. O conflito gira em torno de uma parceria controversa que pode alterar irrevogavelmente o cenário financeiro do país.
Francesco Gaetano Caltagirone, magnata da construção civil, é chamado o “Oitavo Rei” de Roma devido aos seus blocos de apartamentos. Aos 82 anos, lidera um império que abrange cimento, mídia e finanças, enfrentando uma batalha crucial pelo futuro das finanças italianas e sua herança.
Caltagirone se opõe a um acordo de parceria entre a Assicurazioni Generali e a gestora de ativos francesa Natixis, apoiado por aliados e pelo governo italiano. Ele visa preservar o controle da seguradora, crucial para a economia italiana, com € 36 bilhões em títulos soberanos.
O bilionário tem um patrimônio de US$ 8,5 bilhões, com quase metade investida na Generali. Ele se opõe ao acordo, dizendo que compromete a capacidade de decisão da seguradora, que é vista como um bastião nacional em momentos de crise. A Generali, fundada em 1831, opera em mais de 50 países e é vital para as economias italiana e europeia.
A oferta de aquisição hostil do Monte Paschi para o Mediobanca pode fortalecer a posição de Caltagirone na Generali. Se bem-sucedida, essa aquisição poderia aumentar a participação do grupo na seguradora e influenciar seus assuntos. Caltagirone critica a joint venture como uma ameaça à soberania italiana nas finanças.
Ao longo de sua carreira, a ascensão de Caltagirone começou com a reconstrução do negócio familiar em 1966, resultando em um conglomerado que inclui obras globais e a editora de jornais Caltagirone Editore. Mesmo com seus filhos posicionados em papéis-chave, ele mantém controle rigoroso do conglomerado e busca expandir sua influência.
O cenário financeiro italiano está em transformação, e Caltagirone está em um momento crítico de sua carreira, determinado a assegurar que a Generali continue sendo um player global, enraizado na Itália.