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Ao usar Eduardo para tentar escapar da prisão, Bolsonaro pode ter tirado o filho da eleição

Eduardo Bolsonaro enfrenta incertezas jurídicas e políticas que podem inviabilizar sua candidatura nas próximas eleições. A situação de seu pai, Jair Bolsonaro, agrava ainda mais a condição do deputado, enquanto ambos lidam com consequências legais e a pressão da opinião pública.

Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta dificuldades para concorrer nas eleições de 2026 devido à sua situação legal e à inelegibilidade de seu pai.

Enquanto está nos Estados Unidos, Eduardo busca articular sanções contra autoridades brasileiras para evitar a prisão do pai. Porém, isso pode mantê-lo fora do país indefinidamente para se proteger de possíveis investigações e processos.

Eduardo é alvo de um inquérito que o investiga por crimes como coação, obstrução de investigação e abolição do Estado Democrático de Direito, com penas que podem chegar a 20 anos.

Para que ele seja processado pela PGR, precisa ser intimado, mas essa intimação seria complicada devido aos procedimentos legais entre os Estados Unidos e o Brasil.

A Convenção Interamericana poderia facilitar esse processo, mas há riscos de que a assistência legal seja negada por motivos políticos, especialmente com o governo Trump considerando oferecer suporte a Eduardo Bolsonaro.

Se permanecer fora do Brasil, Eduardo terá dificuldades quanto ao domicílio eleitoral, o que pode comprometer sua elegibilidade. Questões de presença no país podem afetar sua candidatura ao Senado por São Paulo.

Além de obstáculos legais, sua candidatura pode ser enfraquecida pela iminente prisão do pai durante a campanha, dificultando sua articulação política e discurso aos eleitores.

Assim, tanto Jair quanto Eduardo Bolsonaro podem ficar fora da disputa eleitoral em 2026, complicando ainda mais a articulação da direita para a próxima eleição.

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