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Ao STF, Cid diz que Zambelli e Delgatti debateram fraudes nas urnas com Bolsonaro antes da eleição

Depoimento revela tentativa de manipulação eleitoral e envolvimento de Carla Zambelli e hacker. O tenente-coronel Mauro Cid afirma que o ex-presidente buscava evidências de fraude nas urnas eletrônicas para justificar ação das Forças Armadas.

Depoimento ao STF: O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelou que a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto se reuniram com o ex-presidente para discutir fraudes nas urnas eletrônicas durante as eleições de 2022.

O encontro ocorreu no Palácio Alvorada, onde Delgatti apresentou possíveis métodos de fraude. Cid informou que Bolsonaro solicitou ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, um novo encontro com o hacker para prosseguir com a discussão.

Cid afirmou que Bolsonaro e o general Braga Netto tinham a expectativa de que uma fraude fosse descoberta, o que poderia levar as Forças Armadas a intervir no processo de transição de governo, mas nada foi encontrado.

O tenente-coronel também mencionou a pressão exercida por Bolsonaro sobre o Ministério da Defesa, que formou um grupo para investigar o processo eleitoral. Apesar disso, Cid reiterou que nenhuma fraude foi detectada.

Condenação de Zambelli: A deputada Zambelli foi condenada pelo STF por invasão aos sistemas do CNJ, visando adulterar documentos. Moraes determinou a extradição da deputada, que está na Itália e foi condenada a 10 anos de prisão. Além disso, ela perderá o mandato e terá a prisão preventiva convertida em definitiva.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, confirmou que dará prosseguimento à decisão do STF. A Primeira Turma do STF rejeitou um recurso de Zambelli, encerrando a ação penal. Sua prisão definitiva e a de Delgatti, condenado a 8 anos e 3 meses de prisão, foram confirmadas.

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