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Ao lado de Lula, Macron expõe entraves nas negociações UE-Mercosul: 'Precisamos melhorá-lo'

Macron reafirma objeções ao acordo entre União Europeia e Mercosul, destacando riscos para a agricultura europeia. Lula busca diálogo para avançar nas negociações, enfatizando a sustentabilidade da agricultura brasileira.

Macron rejeita acordo UE-Mercosul após reunião com Lula em Paris.

No dia 5 de junho, durante uma visita de Estado, o presidente francês Emmanuel Macron reiterou sua oposição à aprovação do acordo entre a União Europeia e o Mercosul na forma atual.

Malgré os apelos de Lula para que Macron "abrisse o coração", o francês disse que o pacto "comporta um risco para os agricultores europeus", que temem a concorrência de produtos agrícolas menos regulados.

Macron afirmou: "A Europa proíbe certos agrotóxicos, enquanto os países do Mercosul não respeitam normas similares." O presidente brasileiro, por sua vez, defendeu as vantagens do acordo, propondo diálogo com os agricultores franceses.

"É importante que eles saibam que nossa agricultura seria complementar," declarou Lula, ressaltando sua determinação em concluir o acordo durante sua presidência do Mercosul, que começa em julho.

A relação entre Lula e Macron é caracterizada por amistosas trocas, mas o pacto é um ponto de tensão entre os líderes. O acordo, assinado em 2024, ainda necessita de ratificação no Parlamento Europeu e pelos Legislativos de ambos os blocos.

O governo francês expressou objeção ao texto que consideram "inaceitável". Parlamentares francesas reafirmaram sua oposição antes da visita de Lula.

Após a conferência, Lula participou de encontros com autoridades francesas e da comunidade brasileira, e fará uma apresentação na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos.

No que tange ao conflito em Gaza, Lula criticou o governo de Israel e denominou suas ações como "genocídio premeditado."

Resumo:

  • Macron rejeita acordo UE-Mercosul em reunião com Lula.
  • Protestos de agricultores europeus são principais entraves.
  • Lula propõe diálogo e destaca benefícios do pacto.
  • Relação entre os líderes é amistosa, mas o acordo gera discordância.
  • Lula critica ações do governo de Israel em relação a Gaza.
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