Ao G7, Lula diz que ataques ao Irã vão gerar 'consequências inestimáveis' e defende devolver protagonismo à ONU
Lula enfatiza a necessidade de um papel mais ativo da ONU na resolução de conflitos globais e critica gastos militares. Ele destaca a importância do diálogo para alcançar a paz e menciona a tragédia humanitária na Faixa de Gaza.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o fortalecimento da ONU nesta terça-feira, destacando a necessidade de coibir guerras globais, como os recentes ataques de Israel ao Irã.
Durante a cúpula do G7 em Calgary, no Canadá, Lula ressaltou que esses ataques "irão deixar consequências globais inestimáveis". Ele pediu para "devolver o protagonismo" à ONU e destacou o vácuo de liderança que agrava situações de caos, como no Haiti.
O presidente brasileiro afirmou que os três membros permanentes do Conselho de Segurança presentes no encontro deveriam apoiar a ONU na defesa da paz. Segundo ele, recursos gastos em guerras, que totalizam US$ 2,7 trilhões anualmente, poderiam ser redirecionados ao combate à fome.
Lula também criticou a matança na Faixa de Gaza e a seletividade de nações em reconhecer o Estado palestino. Ele comentou sobre as propostas de Donald Trump para transformar a Palestina em uma “Riviera do Oriente Médio”.
O presidente elogiou o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, pela defesa da soberania do Canadá, em um contexto que menciona as recentes declarações de Trump sobre o país.
Além disso, Lula manifestou seu desejo de estreitar as relações Brasil-Canadá em relação à COP30, a ser realizada em Belém (PA) em novembro de 2025.