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‘Antes os chineses estendiam tapete bege, agora é tapete vermelho’, diz dono da marca Mondial

Empresário destaca otimismo do mercado chines, apesar das tarifas dos EUA, e aponta para um crescimento significativo no setor de eletroportáteis no Brasil. Com investimentos expressivos e uma diversificação em produtos, o Grupo MK se prepara para consolidar suas marcas no país.

Empresário Giovanni Marins Cardoso, cofundador do Grupo MK, voltou de sua 36ª viagem à China, a primeira após as tarifas de Donald Trump sobre produtos chineses. Apesar das expectativas, encontrou um mercado calmo, devido ao crescimento do mercado interno chinês nos últimos 20 anos.

Com um faturamento de R$ 6,3 bilhões em 2022, o Grupo MK prevê vendas entre R$ 8 bilhões e R$ 8,5 bilhões em 2023. As marcas Mondial e Aiwa estão impulsionando essa expansão, com patrocínio do atacante Neymar.

A entrevista revelou que:

  • Cardoso visitou diversos fabricantes chineses e notou uma maior agilidade e atenção nos atendimentos.
  • O salário médio de operários chineses aumentou de US$ 70 para US$ 700, impulsionando o consumo no mercado interno;
  • Os empresários chineses estão se tornando menos dependentes das exportações para os Estados Unidos.
  • A Mondial é a maior fabricante de eletroportáteis fora da China, com 81% de sua produção realizada no Brasil.
  • O Grupo MK está investindo R$ 246 milhões em sua capacidade de produção e contratou 3 mil pessoas nos últimos dois anos.

Quanto ao mercado brasileiro, Cardoso destacou:

  • Há um potencial enorme no Brasil, com 29 milhões de casas sem eletroportáteis.
  • A alta da taxa básica de juros de 14,25% não impacta significativamente as vendas de produtos com tíquetes médios baixos.
  • O crescimento do e-commerce favorece a expansão das vendas.

Cardoso acredita que a indústria está se preparando para um futuro de crescimento e diversificação no mercado de eletroportáteis e eletrônicos.

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