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Antes do PIB, juros futuros avançam com sinais de resiliência da atividade

Juros futuros sobem em meio a sinais de força na economia brasileira e expectativas de nova alta da Selic em junho. Mercado reage a dados positivos do emprego e revisa previsões de PIB para cima, aumentando a cautela entre investidores.

Juros futuros fecharam em alta nesta quinta-feira (29), principalmente nos vértices curtos e intermediários da curva.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subiu de 14,725% para 14,755%. A do DI para janeiro de 2027 avançou de 13,92% para 14,04%. O contrato para janeiro de 2029 teve alta de 13,47% para 13,52% e a taxa para janeiro de 2031 oscilou de 13,675% para 13,70%.

Novos dados do mercado de trabalho e a expectativa do PIB do primeiro trimestre levantaram a cautela dos agentes, que aumentaram as apostas em uma alta de 0,25 ponto da Selic para o Copom de junho.

Após o Caged apresentar números acima das expectativas, a Pnad mostrou uma taxa de desemprego menor que a prevista para o trimestre encerrado em abril. A equipe de economia da Ágora destaca um bom início do segundo trimestre de 2025, com consumo familiar e demanda agregada aquecidos.

A Ágora mantém a expectativa de apenas um corte de juros na decisão do Copom em dezembro, levando a Selic a 14,25% ao ano. A combinação de atividade econômica forte e inflação elevada pressiona o Banco Central.

Segundo Rafael Ihara, da Meraki Capital, a menor atratividade por apostas na queda dos juros se dá pela inflação alta, expectativas desancoradas e a diminuição da probabilidade de recessão nos EUA. O PIB está sendo revisado para cima, indicando dados mais robustos.

As apostas por alta dos juros na reunião de junho do BC cresceram, com probabilidade de alta de 0,25 ponto subindo de 22% para 30%. A chance de manutenção caiu de 75% para 66%.

Agentes também reduziram a precificação para cortes de juros no final do ano, conforme cálculos da Necton. A aposta foi revista de 18,5 pontos-base para cerca de 14 pontos-base, refletindo riscos fiscais e perspectivas de atividade robusta.

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