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Antes de papa, Francisco foi faxineiro, segurança de bar e químico em laboratório

O papa Francisco compartilha experiências de sua juventude como segurança de bares, que moldaram sua compreensão sobre as pessoas e sua missão na Igreja. A lembrança destaca a importância de seu passado humilde e seu compromisso com o trabalho e a dignidade humana.

Em dezembro de 2013, logo após se tornar papa, Jorge Bergoglio surpreendeu fiéis ao revelar que, na juventude, trabalhou como segurança de bares em Buenos Aires.

A história foi publicada no L'Osservatore Romano e mostrou como essas experiências o ajudaram a compreender melhor as pessoas e a incentivá-las a retornar à Igreja. Durante a visita à paróquia de San Cirillo Alessandrino, ele relembrou sua trajetória pré-sacerdotal, que incluía trabalhos como faxineiro e laboratorista.

Os detalhes dos estabelecimentos onde Bergoglio trabalhou não constam em sua biografia, mas biógrafos acreditam que foram na região de Boedo, conhecida pelo tango, que ele exerceu essas funções. O biógrafo Austin Ivereigh relata que a família de Francisco tinha recursos limitados, levando-o a trabalhar desde os 15 anos.

Ele começou como faxineiro em uma empresa do pai e, depois, trabalhou em uma fábrica de meias, sempre conciliando trabalho e estudos. Essas experiências moldaram sua visão sobre a importância do trabalho e sua relação com a dignidade humana.

Após um curso técnico em química, Bergoglio frequentou o bairro da Recoleta, onde trabalhou em um laboratório e como porteiro em bares de tango. Um amigo relata que ele planejava ser padre, não em uma basílica, mas como jesuíta, para estar com as comunidades carentes.

Formou-se e, em março de 1958, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus, completando seus estudos no Chile e seguindo sua carreira sacerdotal na Argentina. A partir de 1966, ele foi professor de literatura e psicologia em colégios jesuítas de Buenos Aires.

Recentemente, em Buenos Aires, o altar principal da igreja foi adornado com flores em homenagem ao papa, enquanto fiéis aguardavam a missa. O professor aposentado Ignacio Ortiz expressou seu orgulho em compartilhar a fé e a profissão com Francisco, enfatizando a necessidade de manter viva sua memória.

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