ANP faz leilão hoje com 172 blocos de petróleo em oferta, 63 deles na Margem Equatorial

Leilão de Exploração de Petróleo e Gás

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) realiza nesta terça-feira, no Rio de Janeiro, um leilão de 172 blocos para exploração de petróleo e gás, após receber críticas ambientais e enfrentar ações judiciais.

Desses blocos, 63 estão na Margem Equatorial, com foco na Foz do Amazonas. O Ministério Público Federal do Pará contesta o leilão, alegando falta de estudos para áreas nunca exploradas.

A Margem Equatorial, potencialmente rica em 10 bilhões de barris, apresenta riscos ambientais, especialmente para o ecossistema marinho. A Petrobras aguarda licenciamento do Ibama para perfurar poços na região.

Distribuição dos Blocos

• Os blocos estão divididos em 16 setores de cinco bacias sedimentares;
• 31 empresas estão aptas a participar do leilão;
• A ANP anunciou que apenas 12 companhias manifestaram interesse até o momento.

No entanto, 145 blocos podem ser excluídos do certame due a manifestações ambientais que vencerão em junho. A ANP garante que todos os blocos possuem apoio dos Ministérios.

Contestações Judiciais

O Ministério Público Federal do Pará ajuizou ação para impedir o leilão na Foz do Amazonas. Outras entidades, como a Federação Única dos Petroleiros (FUC), também contestam o processo.

A Arayara ingressou com cinco ações civis, buscando excluir 118 blocos, argumentando risco para territórios indígenas e unidades de conservação.

Interesse de Investidores

A crise no Oriente Médio pode fazer a exploração no Atlântico Sul parecer atraente. A Bacia Potiguar, similar a áreas de sucesso na África, pode atrair investidores.

A ANP afirma que o leilão está em conformidade com diretrizes que proíbem a oferta de áreas sobrepostas a terras indígenas e unidades de conservação.