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ANP confirma oferta de blocos na Foz do Amazonas em próximo leilão de petróleo

Leilão marca a primeira oferta de áreas na bacia da Foz do Amazonas sob novo modelo, gerando divisões entre a exploração energética e a proteção ambiental. Iniciativas do governo buscam liberar a atividade, enquanto ambientalistas alertam para os riscos associados.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) anunciou que o próximo leilão de áreas para exploração no Brasil incluirá blocos na bacia da Foz do Amazonas. Esta será a primeira vez que essa bacia participará dos leilões no novo modelo.

A Foz do Amazonas ficou excluída de leilões anteriores devido à falta de interesse do mercado, que teme dificuldades na obtenção de licença ambiental para perfuração.

Atualmente, a ANP aguarda a licença da Petrobras para o bloco 59. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstra disposição em liberar a atividade de exploração de petróleo, com apoio de políticos da região.

O novo modelo de leilões, chamado de oferta permanente, só permitirá a oferta de áreas com prévia manifestação de interesse pelas petroleiras. O leilão oferecerá 47 blocos em 16 setores, abrangendo cinco bacias sedimentares.

  • Bacias em destaque: Foz do Amazonas e Potiguar (margem equatorial);
  • Novas fronteiras: Pelotas (Rio Grande do Sul) e Parecis (Centro-Oeste);
  • Bacia de Santos: Atrativa, mas sem áreas próximas ao pré-sal neste leilão.

As áreas em questão na Foz do Amazonas estão nos estados do Amapá e Pará, onde há similaridades geológicas com descobertas na Guiana e Suriname. A área energética argumenta que o Brasil deve explorar essa riqueza.

Organizações ambientalistas alertam que novas explorações vão contra a necessidade de reduzir a produção de petróleo, visando minimizar os impactos das mudanças climáticas.

O leilão ocorrerá cinco meses antes da COP30 em Belém, onde o governo buscará reforçar sua liderança na transição energética, enquanto discute novas fronteiras petrolíferas. O IBP e o ICS planejam apresentar protocolos sobre cortes na produção de petróleo durante o evento.

A ANP apressou a licitação dos blocos, buscando cumprir prazos de manifestações do MME e do MMA, essenciais para evitar a retirada das áreas do edital.

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