Anistia Internacional acusa UE de 'traição cruel e ilegal' contra palestinos por não punir Israel
A Anistia Internacional critica a falta de sanções da União Europeia contra Israel em meio ao conflito na Faixa de Gaza. A chefe da política externa da UE face a pressão interna, afirmou que todas as opções estão em aberto, mas não apoiou medidas punitivas.
A Anistia Internacional acusou a União Europeia (UE) de “traição cruel e ilegal” após a abstenção do bloco em aplicar sanções a Israel devido à guerra na Faixa de Gaza.
A crítica ocorreu após uma reunião em Bruxelas, onde ministros da UE se recusaram a apoiar medidas punitivas.
A chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, afirmou que o bloco mantera “todas as opções sobre a mesa” para pressionar Israel. Entretanto, Kallas não apoiou as dez opções de sanções elaboradas por sua equipe.
Entre as opções, destaca-se a supressão total do Acordo de Associação entre a UE e Israel, que envolve comércio e cooperação, mas é considerada inviável.
Países como Alemanha, Hungria e República Tcheca, aliados de Israel, se opõem às sanções, especialmente após um acordo humanitário recente.
Até mesmo nações favoráveis à causa palestina, como a Irlanda, evitaram propor medidas concretas, aguardando sugestões formais de Kallas. Somente a Espanha pediu a suspensão do Acordo de Associação.
A secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, declarou que o receio da UE em interromper relações comerciais com Israel é uma “traição cruel e ilegal” aos valores europeus e representa um momento “vergonhoso” na história da UE.